Operação combate garimpos ilegais em reservas indígenas

Roraima

A operação destruiu mais de R$ 1 milhão em equipamentos e mercadorias utilizadas pelos garimpeiros

Foto: Exército Brasileiro 


Emmily Melo - portalamazonia

BOA VISTA – Reserva indígena Yanomami em Roraima voltou a ser alvo de atividades ilegais de garimpeiros. Com o objetivo de coibir a ação criminosa, uma operação da Polícia Federal, Exército Brasileiro, Força Aérea e Fundação Nacional do Índio (Funai) apreendeu, na semana passada, 13 garimpeiros na região noroeste do Estado. As ações de fiscalizações acontecem em territórios indígenas e em áreas de fronteira na Amazônia.

A “Operação Baixo Rio Branco” foi deflagrada no último dia 31 de outubro para combater o garimpo ilegal em terras indígenas.  O procedimento de desocupação dos garimpeiros contou com patrulhas aquáticas, terrestres a áreas. De acordo com o delegado da Polícia Federal, Ricardo Duarte, o levantamento de inteligência começou em maio deste ano. Garimpeiros fugiram para a mata durante a ação. Eles deixaram parte dos equipamentos escondidos nos antigos garimpos.

Com a ação de retirada, mais de R$ 1 milhão em equipamentos foram destruídos. O trabalho ainda com a desativação de pistas de pouso e apreensão de alimentos,  o que dificultará a permanência dos garimpeiros escondidos. Os trabalhadores apreendidos respondem processoem liberdade.

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Segundo a Polícia Federal, a retirada e investigações dos financiadores de garimpos vão continuar por tempo indeterminado. A operação é estendida para áreas de fronteira com o Amazonas, Guiana Inglesa e Venezuela, no combate ao tráfico de drogas, armas, crimes ambientais, contrabandos e descaminho.

Para o Coordenador Geral de Índios Isolados da Fundação Nacional do Índio (Funai), Carlos Travassos, a presença dos garimpeiros nas terras indígenas  acarreta uma série de malefícios aos povos, tais como crimes ambientais, desorganização social, presença de álcool nas comunidades, conflitos, entre outros. O Coordenador Regional da Funai, André Vasconcelos, informou que o órgão pretende instalar bases de vigilância nas reservas para combater o garimpo nas terras indígenas em Roraima.

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