Sobe para 22 número de casos de gripe H1N1 em estados da Amazônia

07/04/2012
O número aumentou após a confirmação de 14 casos entre ndígenas da etnia Kaxinawá, no município de Feijó, no Acre.

Foto Divulgação Semsa


Redação portalamazonia

MANAUS- O número de casos da gripe H1N1 subiu na Amazônia após a confirmação de 14 casos entre indígenas da etnia Kaxinawá, no município de Feijó, no Acre. A constatação veio após análise de coleta de material do Instituto Evandro Chagas. Até o último dia 4, oito casos foram notificados em toda a região.

No Acre, o Governo do Estado já acionou o Ministério da Saúde (MS) para acompanhar a situação. As 31 amostras entre a população indígena foram recolhidas no último dia 22 de março. Segundo a gerente de Vigilância Epidemiológica em Saúde, Izanelda Magalhães, os pacientes já contam com medicação necessária.

“No ano passado todos os hospitais do estado passaram por capacitações para triagem e diagnóstico da H1N1 e já emitimos um alerta epidemiológico para o município de Feijó”, explicou. O Estado também conta com material de coleta e equipamentos de proteção individual nas unidades de saúde para evitar a contaminação.

Levantamento realizado junto a Secretarias de Saúde de cinco Estados da região, apontou a morte de duas pessoas por complicações comprovadas da doença, em 2012. O Amazonas registrou cinco casos desde o início do ano. Entre eles, uma mulher morreu vítima da doença, no dia 8 de março. A mulher, de 30 anos, morava em Borba, chegou a ser transferida para Manaus, mas não resistiu.

Grupo de risco

O Ministério da Saúde anunciou para o dia 5 de maio o início da vacinação contra o vírus Influenza A, conhecido anteriormente como ‘gripe suína’. Atualmente, o alerta é para a contaminação dos povos indígenas, grupo prioritário da vacinação do MS, junto com idosos (a partir de 60 anos), crianças de 6 meses a 2 anos de idade, gestantes e profissionais de saúde.

Atrás do Acre, o Estado de Roraima registra a maior quantidade de casos entre os indígenas. O Estado investiga a morte de duas crianças yanomamis, entre os dias 23 de março e 01 de abril. Segundo o coordenador da Frente de Proteção Indígena Yanomami, João Batista Catalano, três crianças estão internadas com suspeita do vírus na capital.

No mesmo estado, outros dois indígenas yanomamis – um bebê e um adulto – morreram em decorrência de uma síndrome respiratória aguda, com sintomas de H1N1, nos últimos dez dias. Apesar da suspeita, a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) não confirmou os casos. O laboratório central de Boa Vista já analisa 40 amostras colhidas nas aldeias do Estado.

Os doentes em estado grave são transferidos para hospitais de Boa Vista e para Casa de Assistência Indígena (Casai), alvo de denúncias do Ministério Público Federal (MPF), em Roraima. O órgão entrou com ação judicial para obrigar a Sesai a regularizar o fornecimento de remédios às casas de apoio aos índios Yanomamis. De acordo com o MPF, há pacientes internados na Casai por mais de seis meses e que não têm alta por falta de remédios para prosseguir com o tratamento.

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