Cheia ameça interditar avenida no Centro de Manaus

11/05/2012

Faltam 13 centímetros para o rio Negro bater a cota recorde de cheias registrada nos últimos 100 anos no Amazonas

Casas no bairro São Jorge - Foto: Diego Oliveira/Portal Amazônia


Diego Oliveira portalamazonia


MANAUS Os bairros que poderão ter maior espaço invadido pela água são Glória (720 residências na iminência de serem alagadas), Presidente Vargas (595 residências) e São Raimundo (495 residências). Ainda somam-se casas em áreas do São Geraldo, São Jorge, Educandos, Aparecida, Betânia, Raiz, Morro da Liberdade e algumas ruas do Centro. O total estimado de casas alagadas é de 3.468.

O Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito (Manaustrans) também monitora as ruas dos bairros São Geraldo, São Raimundo, Educandos, Glória, Raiz, Presidente Vargas, Betânia e São Jorge, ameaçadas pela enchente. Agentes de trânsito estão nos locais e preparados para intervir caso seja necessário fazer a interrupção do tráfego.

Faltam apenas 13 centímetros para o rio Negro bater a cota recorde de cheias registradas nos últimos 100 anos no Amazonas. A marca histórica, no entanto, resulta em milhares de famílias afetadas pela enchente, que avança sobre a orla de Manaus, invadindo comércios e casas. Nesta sexta=feira (11), as águas subiram três centímetros e atingiram o nível de 29,64 metros.

Áreas de Manaus como Constantino Nery, Eduardo Ribeiro e rua dos Barés começaram a sentir a força das águas. No Centro da capital, as ruas mais atingidas pelas águas são as que ficam próximo ao Mercado Adolpho Lisboa. Os lojistas precisaram improvisar marombas para não perderem mercadorias como alimentos e eletroeletrônicos.

Em partes da Avenida Eduardo Ribeiro, a água começa a entrar na rede de esgoto da cidade. Para enfrentar a futura interdição da via, já está em andamento a construção de pontes de madeira. A área abriga órgãos como o prédio da Receita Federal no Amazonas e a Alfândega de Manaus, o que exige pressa na montagem das passarelas.

Funcionários da Prefeitura trabalham atualmente colocando sacos de areia na Travessa Tabelião Lessa. Além disso, agentes da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (Semasdh) já trabalham com o cadastro de famílias no programa SOS Enchente. Pelos cálculos da Defesa Civil Municipal, cerca de 3,6 mil famílias sofrerão com a subida do nível da água do rio Negro que, nesta quarta-feira, atingiu a cota de 28,96m.

No Centro da cidade, atenção está direcionada ainda para áreas como as ruas Barão de São Domingos, no trecho entre as ruas Pedro Botelho e Tabelião Lessa e o final da avenida Eduardo Ribeiro, entre a Sete de Setembro e Marques de Santa Cruz.

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