Enchente ameaça interditar mais quatro ruas do Centro de Manaus

23/05/2012

A população enfrenta diariamente, entre vários transtornos causados pela enchente do rio Negro, as mudanças no tráfego do Centro.

Foto: Wallace Abreu / Portal Amazônia


Juçara Menezes e Wallace Abrreu portalamazonia



MANAUS - O Centro de Manaus continua a sofrer com a subida do rio Negro. A população – moradores da área ou os milhares de amazonenses que passam por ali diariamente – enfrentam, entre vários transtornos, as mudanças no tráfego da região. Com o avanço das águas, cinco ruas estão interditadas, e outras quatro podem ter o trânsito suspenso já nos próximos dias.

Até o momento, sofreram interdições a Rua dos Barés, Avenida Eduardo Ribeiro (entre a Av. Sete de Setembro e rua Marquês de Santa Cruz), o acesso ao Terminal Central da Praça da Matriz, um trecho da rua dos Andradas e a Avenida Lourenço da Silva Braga.

Além dessas, a Manaustrans monitora quatro áreas para possíveis fechamentos e desvios para veículos: o Terminal Central/Praça da Matriz (trecho já proibido para carros de pequeno porte desde o dia 18 deste mês); a Rua Miranda Leão; a Avenida Lourenço da Silva Braga e a Alça inferior da ponte Juscelino Kubstichek, sentido centro/bairro Santa Luzia.

A partir de amanhã (23), o Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito (Manaustrans) realiza outras mudanças: as ruas José Paranaguá e Isabel passam a receber veículos em ambos os sentidos, para dar acesso à Ponte de Educandos. Os motoristas também devem estar atentos às opções para quem quiser usar a rua dos Andradas para chegar o bairro de Educandos. Agora, o condutor terá como opção o acesso pelas ruas Pedro Botelho, rua Miranda Leão, avenida Lourenço da Silva Braga, rua José Paranaguá e a rua Isabel até a Ponte de Educandos; ou pode seguir pela avenida Joaquim Nabuco, rua José Paranaguá e rua Isabel até a Ponte de Educandos. 

Foto: Wallace Abreu / Portal Amazônia


Maior cheia atrai curiosos ao Centro


Com as águas invadindo ruas, trechos e outros locais, o Centro virou uma espécie de ponto turístico dos manauaras. Com o rio Negro chegando a 29,89 metros, na Avenida Eduardo Ribeiro – uma das principais quanto o assunto é comércio – é possível ver populares na busca por registrar o momento.

Perto dali, os 102 permissionários da Manaus Moderna sofrem com a invasão do rio Negro. Os vendedores de peixe começaram a ocupar os boxes nesta segunda feira (21). A feira temporária foi construída pela Secretaria Municipal de Produção e Abastecimento (Sempab). A previsão é que sejam montadas mais de mil bancas para o comércio de carnes, frutas, verduras e peixes. “Inicialmente, foram construídos 240 boxes para receber os feirantes que já foram prejudicados pela cheia”, assinalou o gerente de engenharia da Sempab, Francisco Teles.

Foto: Wallace Abreu / Portal Amazônia




A feira provisória começa a funcionar nesta terça feira (22), apenas para a venda de peixes. Os permissionários que trabalham com carne e outros alimentos começarão a ser removidos durante a tarde desta terça. A primeira fase dessa feira tem aproximadamente 400 metros de extensão e o trânsito de veículos ficou restrito apenas à faixa mais próxima à feira. Agentes de trânsito estarão no local para orientar os motoristas.

“Disponibilizamos caminhões para fazer o translado do peixe e estamos ajudando com as instalações. Como o nível do Rio Negro continua a subir, acredito que em mais duas semanas toda a feira estará alagada e trabalhamos com esse prazo, para finalizarmos as mais de mil bancas”, afirma Francisco.

Operação Tufão quer retirar 140 toneladas de lixo

A subida das águas também trás outros incômodos. Além do aumento das doenças de veiculação hídrica, o lixo jogado nos igarapés sobe e torna-se mais evidente a cada dia. Para minimizar os impactos da sujeira, o Subcomando de Ações de defesa Civil (Subcomadec) iniciou um plano emergencial de limpeza em áreas diretamente afetadas pela enchente do Rio Negro em Manaus.

A Operação Tufão tem grandes números. Com o obejtivo de retirar até 140 toneladas de rejeitos, 500 homens vão tirar o lixo dos igarapés. Serão utilizadas três balsas para armazenagem temporária, vinte caçambas para tirar a sujeira e três escavadeiras para ajudar a retirar os vários tipos de itens que a população joga no rio.

O titular da Subcomadec, Roberto Rocha, afirmou que há três frentes de atuação: as bacias do Educandos (bairro na zona Centro-sul de Manaus), do 40 e na bacia do São Raimundo (na zona Oeste). Estas áreas são as mais afetadas pela enchente – a abrangência chega a 10 bairros da capital amazonense. “O objetivo é desobstruir e limpar as áreas afetadas diretamente com o acúmulo de resíduos sólidos urbanos. A ação está prevista para ser executada em 30 dias”.

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