Segunda Feira 30 de maio de 2011
Marina Souza - portalamazonia@redeamazonica.com.br
MANAUS - Cerca de 400 mil sacolas plásticas são jogadas diariamente no aterro sanitário da cidade de Manaus. As embalagens, distribuídas por lojas para guardar mercadorias, são consideradas inimigas do meio ambiente. Além de demorarem mais de 100 anos para serem degradadas naturalmente, elas são produzidas a partir de derivados do petróleo.
A facilidade para obter as sacolas contribui para que sejam descartadas. Prefeituras de diversas cidades brasileiras, como Belo Horizonte e São Paulo, já proibíram o uso do produto. Na capital paulista, por exemplo, o estabelecimento que usar as sacolas pode pagar multa de R$ 50 a R$ 50 milhões, de acordo com o faturamento da loja infratora.
Uma alternativa ao problema é a distribuição de sacolas reutilizáveis ou caixas de papelão. Na rede de supermercados Carrefour, em Manaus, as caixas que vêm com os produtos são oferecidas aos consumidores para carregar as compras. “Essa é uma boa alternativa para a quantidade de lixo gerado pelos sacos plásticos, mas é importante também que as famílias se conscientizem e passem a usar algo ainda mais limpo, como bolsas reutilizáveis. Para poluir menos, é necessário mudar nossas atitudes. Jogar o lixo nas caixas de papelão minimizaria o problema”, destacou o estudante Erlan Bindá, de 19 anos.
Em Brasília, o deputado federal pelo Amazonas, Pauderney Avelino (DEM-AM), apresentou Projeto de Lei (PL) que proíbe a fabricação, comercialização, distribuição e utilização de embalagens plásticas. Segundo Avelino, recursos tecnológicos disponíveis atualmente permitem, a custo compatível com o benefício, a utilização de outras matérias-primas ecologicamente inofensivas, como celulose, fibras vegetais ou plástico oxibiodegradável, que aliam praticidade e resistência à alta capacidade de degradação e absorção sem riscos ao meio ambiente.
Também é debatida, na Câmara Municipal de Manaus (CMM), proposta que obriga supermercados a substituir sacolas plásticas por outras de material biodegradável. “Acredito que podemos fazer com que os próprio donos de mercadinhos não utilizem mais sacolas plásticas, e sim sacolas biodegradáveis ou até oferecerem desconto nas vendas para o consumidor que levar sacolas de casa, pois essas não iriam para o lixo”, defende o vereador Hissa Abrahão (PPS).
Com o aumento populacional da capital amazonense, a produção de lixo aumentou consideravelmente. Atualmente, Manaus descarta uma média de 3 mil toneladas de lixo por dia no aterro localizado no quilômetro 19 da AM-010.
Saco é um saco
O Ministério do Meio Ambiente lançou a campanha “Saco é um saco”, em parceria com Associação Brasileira de Supermercados (Abras). A ação pretende que, daqui a quatro anos, o número de sacolas no comércio reduza 40% em relação a 2010. No ano passado, supermercados utilizaram 14 milhões de sacos plásticos.
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