A meses da inauguração, trânsito no acesso à ponte sobre rio Negro segue indefinido

Segunda Feira 18 de Julho de 2011

Foto: Chico Batata/Agecom


Larissa Balieiro - portalamazonia

MANAUS – A ponte sobre o Rio Negro deverá ser inaugurada ainda neste semestre, segundo o Governo do Estado. Apesar da proximidade com a abertura para o tráfego de veículos entre os municípios de Manaus e Iranduba, o Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito (Manaustrans) afirma ter recebido o projeto de acesso à estrutura com pouco tempo hábil para as mudanças ideais de fluxo na área. Entre as obras que deveriam estar implantadas mas ainda nem sequer saíram do papel está a construção de um viaduto.

Em datas como feriados, as balsas da Sociedade de Navegação Portos e Hidrovias (SNPH), que fazem o mesmo trajeto que a ponte cobrirá, transportam cerca de 4,5 mil carros de passeio e pelo menos 250 caminhões e ônibus. É esse fluxo que pode causar impactos no tráfego da região de acesso à ponte.

O Portal Amazônia conversou com o titular do Manaustrans, coronel Walter Cruz, sobre os planos existentes para ordenar essas mudanças. Segundo ele, o secretário da região metropolitana, Rene Levy, procurou a Prefeitura de Manaus no mês passado, juntamente com os técnicos do governo, mostrando preocupação com aquela região. “Havia um projeto inicial, mas não evoluiu. E nós ficamos de fora desse planejamento”, disse.

Após reuniões entre Estado e Município, os técnicos do Manaustrans fizeram um esboço de projeto para a ponte. Pelos menos três obras deverão ser realizadas na área, que deve ter o cronograma de ações divididos em três etapas, de curto, médio e longo prazo. O projeto que ainda está em fase de conclusão ainda precisa passar pela autorização tanto do prefeito de Manaus, Amazonino Mendes, como dos representantes do governo estadual. “É preciso que haja o acordo entre os dois governos”, afirmou Cruz.

Mudanças

No projeto de curto prazo proposto pelo Manaustrans, as avenidas Brasil e Estrada da Ponta Negra deverão passar por pequenas obras. Semáforos e ajustes em rotatórias estão previstas para minimizar o impacto dos condutores ao saírem da ponte. “As mudanças aconteceriam na rotatório do Yuapuá para que os veículos sejam ligados diretamente a Ponta Negra”, disse.

Em médio prazo, o projeto prevê a desapropriação das casas que ficam no entorno da ponte e o melhoramento das vias quem saem da Ponta Negra. Já a longo prazo, a obra é a construção de um viaduto na saída da ponte, que ligaria os condutores direto à Ponta Negra. “Queremos minimizar os danos com relação ao trânsito naquela região. Isso para não atrapalhar o tráfego no bairro Santo Agostinho. Precisamos colocar um retorno em frente ao quartel do exército, por exemplo” finalizou.

Com as obras, as pessoas que saírem da ponte poderão escolher três caminhos para trafegarem para as demais localidades da cidade: Avenida do Turismo, Ponta Negra e Brasil, esta última mais utilizada por ser considerada via mais rápida que liga diretamente ao Boulevard.

Até a próxima segunda-feira (18), o prefeito de Manaus deverá decidir se o projeto pode dar continuidade para ser apresentado aos representantes do governo.

Procurado pela reportagem, o secretário Renê Levy negou qualquer atraso para apresentação do projeto ao Manaustrans. Segundo ele, o Governo já analisa a construção de uma passagem de nível da Avenida Brasil, saída pela Compensa e Santo Agostinho, além de uma ligação da ponte direta com a Estrada da Ponta Negra.

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