Belezas naturais da Serra do Tepequém encantam turistas em Roraima

Amazônia

Palco do garimpo de diamantes por quase 60 anos, hoje a Serra do Tepequém é um dos principais atrativos do Estado

Serra do Tepequém Foto: Adriel Ruano

 BOA VISTA – Localizada no município de Amajarí (a 230 quilômetros de Boa Vista) a Serra do Tepequém é um dos principais atrativos turísticos de Roraima. As belezas naturais da área encantam moradores e turistas.  As cachoeiras do Paiva, Barata e Funil, o Paraíso das Araras, o Caminho da Pedra Sabão e o Platô (ponto mais alto da serra com 1, 1 m) são os principais atrativos do Tepequém.

De mesma formação geológica do Monte Roraima, Tepequém é uma área de 12 mil km², situada no centro de uma bacia fechada com altitude de 550 a 1.100m. Nos anos 30 e 40, Tepequém esteve no auge da exploração garimpeira. E por quase 60 anos, a extração de diamantes predominou nesta região.

Em 2000, o garimpo por maquinário foi proibido no local. Atualmente, a área é liberada apenas à exploração de garimpagem manual, fonte de renda para alguns moradores.
Com população de aproximadamente 500 habitantes, Tepequém possui duas comunidades, a Vila do Paiva (a 600 m do nível do mar) e a Vila do Cabo Sobral, centro histórico da região, com resquícios do garimpo praticado  na localidade. A Serra também possui sete pousadas, restaurantes, uma imensa área de camping, além da Estância Ecológica do SESC.

Cachoeira do Funil

Na Serra, a vegetação é diversificada, com lavrado e mata densa. A variedade de orquídeas na região do Platô, também pode ser encontrada na Serra. Além disso, o clima da região não poderia ser diferente: quente durante o dia para o frio à noite e um amanhecer de muita neblina a esconder a Serra.

Pedra Sabão

Além do turismo e do garimpo de diamantes, a Serra do Tepequém guarda outro tesouro: a Pedra Sabão.  No Brasil, a preciosidade é encontrada no Estado de Minas Gerais, na cor cinza. Na Serra do Tepequém, a Pedra é encontrada em cinco tonalidades diferentes

Biojóas em pedra de Sabão. Foto: Emmily Melo/Portal Amazônia

Utilizada no artesanato, o produto contribui na renda dos moradores da região. As peças esculpidas reproduzem a iconografia do Estado – a fauna e a flora -, além de peças utilitárias, como mesas e acessórios.

O professor e artesão Sidney Veras, morador há 20 anos na Serra do Tepequém, contou ao portalamazonia.com que o artesanato em Pedra Sabão surgiu há 10 anos, com o fim do garimpo no ano 2000. Segundo Sidney, o artesanato surgiu como fonte de renda. As biojoias agradam aos visitantes, sendo o produto mais vendido.

O grupo de artesãos reaproveita a matéria-prima encontrada na natureza, como sementes, resíduos de madeiras, raízes e cascas de árvores. “O trabalho requer dedicação e principalmente parcerias com instituições governamentais. Graças ao prêmio de um concurso, hoje, o grupo  possui uma oficina e equipamentos para o trabalho, favorecendo o maior número de peças produzidas. Peças estas, expostas em vários lugares do Brasil”, destacou o artesão Sidney Veras.


Produção de peças. Foto: Emmily Melo/Portal Amazônia

A equipe de artesãos conta com seis profissionais. Os trabalhadores também atuam como guias de turismo na Serra, acompanhando os visitantes nos principais pontos do local.
De acordo com Sidney, um dos futuros projetos da comunidade na Vila do Paiva, é a criação do ponto de informações turísticas na região.

Platô Foto: Adriel Ruano

Festejo

Há nove anos, o Festejo é um dos atrativos da Serra do Tepequém. Realizado uma vez por ano, a Festa nasceu como forma de contribuição na renda dos pequenos comerciantes que vivem na Serra.
Coordenado pela Associação de Moradores, o evento leva apresentações culturais, concursos e divulgação do turismo local.
No último dia de Festejo, uma gincana entre os moradores incentiva a coleta do lixo produzido no evento. Além disso, a Prefeitura do Amajarí também se encarrega da limpeza da área.

Nenhum comentário:

Postar um comentário