Mais dois municípios em situação de emergência no Amazonas

08/03/2012

Pauini e Lábrea serão atendidos com a ajuda humanitária da Defesa Civil do Estado


Redação Portalamazonia

MANAUS – Pauini e Lábrea, na calha do Purus, decretaram Situação de Emergência, nesta quinta-feira (8), devido à cheia que afeta os municípios. Com as duas cidades, sobe para 10 o número de municípios em anormalidade no Amazonas por conta da enchente.
Em Pauiní, são 3.631 famílias afetadas enquanto em Lábrea somam-se 7.514 famílias. A Defesa Civil do Estado prepara ajuda humanitária para estes dois municípios. Serão enviados kits de limpeza e higiene pessoal, além de cestas básicas.



O município de Canutama, também na calha do Purus, já sente os efeitos da enchente e está em fase de levantamento de dados, para que haja posterior decreto de Situação de Emergência.
Arte: CPRM/Divulgação.
Arte: CPRM/Divulgação.
Na calha do Juruá, sete municípios permanecem em Situação de Emergência. São eles: Eirunepé, Guajará, Ipixuna, Envira, Itamarati, Carauari e Juruá. Nesta região, 6.048 famílias foram afetadas e estão atendidas pela Defesa Civil. Enquanto a Bacia do Juruá – em Gavião (Carauari), o nível d’água está 31 cm abaixo da maior cheia registrada na estação.
Sobre a calha do Purus, o primeiro município a decretar Situação de Emergência foi Boca do Acre, com 5.137 famílias afetadas. Nesta região, 430 pessoas permanecem em alojamentos emergenciais da Defesa Civil do Amazonas e recebem diariamente o apoio do órgão e proteção ostensiva da Polícia Militar.
Região é influenciada por Zona de Convergência
Arte: CPRM/Divulgação
Arte: CPRM/Divulgação
Durante o mês de março, as chuvas nos Estados do Amapá, Amazonas, centro e nordeste do Pará, e centro e norte do Maranhão são influenciadas pela presença da Zona de Convergência Intertropical (que se encontra na faixa equatorial), com precipitações máximas mensais acima de 300 mm.
A Figura 2a acima (esquerda) representa o acumulado de precipitação durante a primeira semana de março de 2012.  As figuras 2b e 2c (direita) representam a climatologia da precipitação. A superior refere-se ao máximo de precipitação considerada normal, enquanto a inferior é relativa ao mínimo normal para o referido mês. Os valores mínimos de chuva, segundo a climatologia (Figura 2b e 2c), são encontrados no centro e norte de Roraima e nas extremidades do norte do Pará.
A distribuição de chuva durante esta primeira semana do mês de março (Figura 2a) acompanha o padrão climatológico, com acumulados de chuva acima 20 mm no extremo oeste e sudeste do Estado do Amazonas, no noroeste e nordeste do Pará, no extremo nordeste de Tocantins, no sul do Maranhão, no centro-sul do Mato Grosso, no centro de Rondônia e no Estado do Acre.