Foto: WILLAME SOUSA
Urnas com os corpos dos passageiros do helicóptero foram levadas para o IML
Os corpos do mecânico José Maria Galvão, 55, do enfermeiro João Junio Vasconcelos Ramos, 37, e do médico do Exército Brasileiro Oswaldo Nogueira da Silva Filho, 31, mortos na queda do helicóptero no Alto Mucajaí, na reserva indígena Yanomami, no Município de Alto Alegre, foram resgatados. A aeronave Esquilo AS 55, de matrícula PT-HNA, da JVC Aerotaxi Ltda, teria caído na quarta-feira (06). As causas do acidente não foram reveladas.
O piloto Alberto Farias da Cunha Junior, 50 anos, e o funcionário civil da Comissão de Aeroportos da Amazônia (Comara) Antônio José de Melo, 59, sobreviveram. Eles foram resgatados no dia em que foram encontrados em área de mata fechada, na sexta-feira (08), pelo helicóptero H-60 Blackhawk da FAB (Força Aérea Brasileira), de Manaus, o mesmo que trouxe os corpos nesse sábado.
Os três corpos chegaram à Base Aérea de Boa Vista por volta das 13h. Eles estavam carbonizados, o que comprova a explosão da aeronave. O tenente-aviador Felipe Bottino, que comandava o helicóptero do resgate, disse que o local é de difícil acesso, por estar em plena floresta amazônica, caracterizada por mata densa.
Foram cerca de quatro horas e meia desde a saída de Boa Vista à região até o retorno à base. A equipe, composta por sete militares, alguns deles de Manaus, que vieram para auxiliar nas buscas e resgate, decolou às 8h30 de sábado. A previsão era que entre 11 e 12h chegassem a Boa Vista, algo que só ocorreu por volta das 13h.
Após a chegada na base, os corpos foram entregues à Polícia Federal, a quem compete investigar a possível ocorrência de crime dentro de aeronaves civis, que os repassou ao Instituto Médico Legal (IML) para exame cadavérico. Os corpos foram liberados ainda na noite de sábado. Na certidão de óbito dos três estavam como causas das mortes carbonização, politraumatismo e acidente aeronáutico.
RAMOS – O enfermeiro João Junio Vasconcelos Ramos, 37, tinha nascido em Santarém, no Pará, mas morava em Roraima há algum tempo. Ele era casado e tinha três filhos, uma menina de 06 anos, que reside no Estado, além de uma garota de 12 anos e um menino de 08 anos, que moram em Fortaleza (CE). Por opção da família, as crianças não vieram ao funeral. Conforme uma amiga da família, os parentes ainda não sabem se irão recorrer à Justiça quanto à morte do enfermeiro.
GALVÃO – O mecânico José Maria Galvão, 55, era natural de Belém, no Pará, e morava em Manaus, no Amazonas. Ele era é casado e tinha três filhos. A mulher, com quem a reportagem não conseguiu falar no sábado, veio do Estado amazonense para levar o corpo, onde foi enterrado. (W.S.)
Fonte: Folha de Boa Vista
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