Condições da BR 319 pode prejudicar acesso a ponto de conexão de fibra óptica
Terça Feira 24 de maio de 2011MANAUS – A qualquer momento, Manaus (AM) e Boa Vista (RR) podem ficar sem telefonia e internet. A ponte sobre o Rio Novo, que fica no quilômetro 366 da Rodovia BR 319 foi destruída pela chuva. O trabalho de manutenção só pode ser feito por técnicos de Humaitá, a 350 quilômetros de Manaus. O tráfego na área está cada vez mais difícil
Desde 2008, quando o governo federal iniciou a obra de recuperação da estrada, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) só obteve a licença prévia do IBAMA para trabalhar no serviço de recuperação, em 250 quilômetros no estado do Amazonas e em 58 quilômetros no estado de Rondônia, onde está sendo construída a Ponte sobre o Rio Madeira, com 30% de obras concluídas.
A impossibilidade de trafegar na rodovia está mais crítica na parte central, entre os quilômetros 250 e 655, trecho que ainda aguarda licença do IBAMA.
Para chegar ao local da ponte, somente é possível de helicóptero. Os veículos que se aventuram, ficam pelo meio do caminho, a espera de ajuda do destacamento do Batalhão de Engenharia e Construção do Exército, responsável pelo trecho que vai do KM 198 ao 250.
O técnico em telecomunicações da Embratel, Júlio Freitas,teve que dirigir mais de 10 horas para dar manutenção a 8ª base de comunicação da Embratel, que fica no quilômetro 368 de Humaitá. Segundo ele, caso ocorra o desligamento da fibra óptica da Embratel nesse ponto, muitos usuários de internet e telefonia em Manaus e Boa Vista, poderão ficar sem o serviço pela dificuldade de chegar ao local com rapidez.
O Superintendente do DNIT no Amazonas e Roraima, Afonso Lins Júnior, esteve nesse final de semana nos trechos críticos da rodovia. Segundo ele, sem licença prévia do IBAMA, o órgão está de mãos atadas. Lins informou que é impossível sequer realizar o serviço de conservação da estrada, já está tomada pelo mato. O trabalho também inclui a construção da Ponte sobre o Rio Novo.
A recuperação do trecho da BR 319, entre os quilômetros 250 e 655,7 foi submetida a um estudo de impacto ambiental EIA-RIMA, executado pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), em 2009, mas o trabalho foi rejeitado pelo IBAMA.
A autorização para asfaltamento aguarda avaliação de impactos ambientais. A coleta de espécies da fauna e da flora no trecho do meio deve ser feita de 15 de maio a 15 de junho deste ano, em duas etapas. A ação vai avaliar a fauna terrestre e de animais invertebrados, répteis e mamíferos existentes ao longo da rodovia.
O Governo Federal aguarda as liberações do IBAMA para que a presidente Dilma Rousseff assine o decreto presidencial que vai transformar a rodovia da integração em estrada parque com ações de proteção ao meio ambiente.
Com o asfaltamento da estrada, os estados do Amazonas e Roraima estarão ligados por terra ao centro-oeste e sudeste do País com a conclusão da BR 319 e criação da rodovia federal BR 444 que vai aproveitar a estrada estadual AM 354 e interligar o município de Manaquiri a Manacapuru, onde poderá ser construída uma ponte sobre o Rio Solimões, ligando o município a Iranduba e a Ponte Sobre o Rio Negro, em fase de conclusão, em Manaus.
O projeto de lei está sob análise da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal.
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