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Quinta Feira 19 de maio de 2011MANAUS – Dados do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe) divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente apontam o crescimento de aproximadamente 26% do desmatamento na Amazônia. Para conter a disparada da devastação na região, o Governo Federal anunciou a criação de um “gabinete de crise” para estudar medidas para a redução das estatísticas.
A área desmatada na Amazônia em março e abril chegou a 593 quilômetros quadrados (km²) no Acre, em Mato Grosso, no Maranhão, Pará, em Rondônia e Roraima. Apenas Mato Grosso registrou 480,93 quilômetros quadrados desmatados, 80% do total da devastação detectada na Amazônia Legal, com elevação de 47% no desmate, se comparado com o período anterior.
“Ainda não podemos citar quais as razões para esse pico de desmatamento”, disse a ministra do Meio Ambiente, Izabela Teixeira. Segundo ela, uma das preocupações do governo federal é o crescimento do desmatamento em áreas consideradas de preservação ambiental. A ministra disse que ainda não há elementos para estabelecer relação entre o aumento de desmatamento e as discussões no Congresso sobre o texto do novo Código Florestal.
De acordo com informações do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama), o desmatamento ilegal na Amazônia será sufocado por meio do embargo de todas as áreas desmatadas. As áreas embargadas serão expostas, o que impedirá a comercialização de gado ou grãos produzidos sobre as áreas desmatadas sem autorização. Os compradores de produtos oriundos destas áreas também serão responsabilizados pelo crime ambiental.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mede o desmatamento por meio de imagens de satélites e dados do sistema Deter. O ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mecadante, afirmou que haverá um investimento de R$ 1 bilhão na compra de novos satélites que fazem o monitoramento das áreas de desmatament. Os satélites, segundo ele, serão adquiridos nos próximos três anos.
Gabinete de crise
O gabinete de crise é formado por representantes governo federal, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e secretários dos estados com índice de desmatamento elevado. “A meta é sufocar o desmatamento, e vamos reduzir o desmatamento até julho. Temos de cumprir o plano do governo. Só no Mato Grosso foram apreendidos 40 tratores de grande porte. O Mato Grosso acendeu a luz amarela que é a do desmatamento acima de mil hectares”, disse a ministra.
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