Criança indígena yanomami morre com suspeita de H1N1 em Roraima

31/03/2012

Mostra de exame enviada ao Laboratório Carlos Chagas irá indicar causa da morte. Outras três crianças estão internadas em Boa Vista

Foto: Arte/ Portal Amazônia

Emmily Melo portalamazonia

BOA VISTA – Uma criança indígena da etnia yanomami morreu em Boa Vista com suspeita do vírus H1N1, nesta semana. A criança de seis meses estava internada na Casa de Apoio a Saúde Indígena (Casai) e faleceu ao receber alta. Conforme a Frente de Proteção Indígena Yanomami, ela estava  internada com sintomas de gripe e pneumonia e estava dois meses em tratamento no Hospital Materno Infantil Santo Antônio.
Segundo o coordenador da Frente de Proteção, João Batista Catalano, outras três crianças estão internadas no Hospital Infantil, em isolamento, com suspeita do vírus. “A Frente de Proteção está acompanhando o caso de perto. Ainda esta semana, iremos visitar a comunidade indígena Surucucus, onde a criança residia, para verificar se há outras suspeitas da doença naquela região”, disse.

Uma mostra de exame do corpo foi enviada ao Laboratório Carlos Chagas , no Pará, para identificara a causa da morte da criança yanomami. O resultado do laudo deve sair em até 15 dias. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde,  Roraima não registra nenhum caso da gripe  influenza A  (H1N1) desde 2011.  De acordo com o órgão, a equipe do Núcleo de Controle da Influenza, Tétano e Poliomielite e as quatro unidades Sentinelas estão constantemente em alerta.
Vacinação
A campanha de vacinação contra a Influenza A iniciará no período de 05 a 25 de maio em Roraima. A estimativa é aplicar 107.500 doses em todos os municípios, segundo a Secretaria de Estado da Saúde. O grupo prioritário será crianças de até dois anos, grávidas, maiores de 60 anos e profissionais da área de saúde. Até o final deste mês, o Ministério da Saúde (MS) enviará as doses da vacina.
A reportagem tentou contato com o Distrito Especial de Saúde Indígena Yanomami (Dsei Yanomami) e a Casa de Apoio a Saúde Indígena (Casai), em Roraima,  mas não obteve resposta.

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