17/04/2012
Em Manaus, a hospedagem nesses espaços custam, em média, de R$ 20 a R$ 48 a diária
Foto: Divulgação/ Shutterstock
Bruno Fonseca e Eliena Monteiro portalamazonia
MANAUS - Nas viagens para a Amazônia muitos optam pela hospedagem em albergues. Como se trata de uma opção de baixo custo, o turista pode empregar o dinheiro que seria usado para pagar o hotel em outros servios da viajem como passeios, transportes e alimentação. Também chamados de hostel, os albergues são acomodações simples, compactas e despojadas.
Em Manaus, a empreendedora Paula Pereira resolveu investir em um hostel. A ideia surgiu após uma viagem que ela fez com as filhas para a Chapada Diamantina na Bahia. “Conversando com o dono do hostel de lá, que era argentino, ele me sugeriu que fizesse um albergue em Manaus. Naquela época não tinha nenhum hostel aqui na cidade. A gente veio de lá com isso na cabeça, mas levamos cerca de dois anos amadurecendo a ideia até que surgiu a oportunidade”, contou.
Junto com um sócio, em julho de 2007, Paula conseguiu contruir o hostel no Centro Histórico de Manaus. “A área é privilegiada pelo Teatro Amazonas. O turista que se hospeda aqui, pode conhecer todos os pontos da cidade caminhando. Também temos parcerias com agências de turismo que oferecem passeios para o Encontro das Águas”, disse a empreendedora.
A empresária afirmou que estudou para montar o negócio e garantir espaço na capital amazonense. “Participamos de todos os programas que o Sebre oferece. Durante um ano estudamos para saber como receber bem os hóspedes”, frisou.
Para Paula, o hostel contribuirá com o Amazonas durante a Copa do Mundo de 2014. Segundo ela, 70% dos turistas que se hospedam no albergue são estrangeiros. “Os brasileiros chegam aos poucos. Na Copa poderemos ajudar a cidade com esse tipo de hospedagem, já que pessoas de diferentes níveis vão prestigiar o evento”, destacou.
De acordo com a empresária, o visitante é atraído principalmente pela floresta amazônica. “O turista tem fascínio pela selva amazônica, ele quer conhecer os rios, a fauna e a flora. A cidade fica em segundo plano. Primeiro ele [o turista] quer saber dos passeios na selva. Depois ele dá uma volta para conhecer os pontos turísticos arquitetônicos do meio urbano”, disse.
O turista Andrews Vintch confirmou o que Paula disse: “Quando criança, eu alimentava o sonho de conhecer a Amazônia, por isso estou aqui. Agora vou realizar outro desejo que viajar de barco de Manaus até Belém (PA)”, contou. Na viagem para a capital paraense, Andrews levará na bagagem roupas, notebook, blocos de anotações, livros e câmera fotográfica.
O que é um hostel
Hostel surgiu para propiciar que as pessoas se conheçam, convivam em um ambiente coletivo. “Nesses locais, as pessoas podem cultivar valores com amizade e saber respeitar o espaço do outro, além de conhecer novas culturas. É um tipo de hospedagem bastante informal”, destacou Paula.
A turista Maria das Dores costuma se hospedar em albergues quando viaja. “Me hospedei pela primeira vez em hostel em Foz do Iaguaçu. Adorei. Na época, fui com os colegas de faculdade. Depois, como eu estava estudando sobre acessibilidade na hotelaria, me hospedei em outro albergue. Esse aqui já o terceiro. Gosto da interatividade em as pessoas que esses espaços propiciam”, disse.
De acordo com Paura Pereira, o hostel urbano utiliza alguns princípios do ecohostel. “Aqui, por exemplo, orientamos o hóspede sobre economia de água, separação do lixo e o uso racional da energia”, afirmou.
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