Em Manaus, até o fim do ano serão entregues 119 Telecentros, distribuídos por todas as zonas da capital.
Ana Carolina Oliveira
MANAUS - A inclusão digital significa melhora nas condições de vida de uma região ou da comunidade com a ajuda da tecnologia. A expressão nasceu do termo ‘Digital Divide’, que em tradição literal seria Divisória Digital. Dependendo do contexto, é comum ver expressões similares como democratização da informação, universalização da tecnologia ou outras variantes parecidas e politicamente corretas.
Em termos concretos, incluir digitalmente não é apenas alfabetizar as pessoas em informática, mas também melhorar os quadros sociais a partir do manuseio dos computadores. Uma das maneiras de incluir alunos e sociedade é o Telecentro, que em Manaus funciona em uma escola no bairro Compensa, zona Oeste da capital.
A coordenadora Valéria Sodré explica que o Telecentro é uma parceria entre o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação e a Secretaria Municipal de Educação. Em Manaus, até o fim do ano serão entregues 119 Telecentros, distribuídos por todas as zonas da capital. Na Escola, o telecentro foi inaugura dia 12 de março e atende tanto os alunos do colégio como a comunidade em geral. Os horários são de 07 às 11h e de 13h às 17h, sempre de segunda a sexta-feira.
“A escola é o alicerce da Educação Básica, por isso não pode estar alheia às mudanças tecnológicas que acontecem na sociedade. A escola busca oferecer ao professor diversas ferramentas tecnológicas para facilitar a aula que ele vai dar aos alunos”, assinalou o gestor Zacarias Macedo.
A pesquisa sobre o uso das tecnologias da informação e da comunicação no BRasil, realizada anualmente desde 2005 – sob a coordenação do Comitê Gestor da Internet – revela não apenas um crescimento de acesso à computadores e internet, mas também aumento nas habilidades. Entre 2005 e 2009, o percentual de pessoas que declararam ser capazes de utilizar uma planilha eletrônica subiu de 18% para 28%.
O professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Alberto Castro, falou sobre o projeto Prouca, iniciado ainda no governo Lula. “O objetivo é ter um computador por aluno no País. Estamos em fase piloto no Amazonas. Nove escolas foram selecionadas e nelas todos os professores, alunos e apoio pedagógico tem um equipamento”, assinalou.
O notebook é sempre utilizado como material didático. O papel do projeto é dar apoio aos professores, no aspecto técnico e pedagógico para que eles saibam como melhor utilizar este recurso tecnológico. “O interessante é que se apropriem dessa tecnologia e a utilizem para formar um diferencial”, finalizou Castro.
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