Praças e centros de convenções disponibilizam à população internet sem fio, mas usuários temem eventuais assaltos nos espaços públicos
Foto: Reprodução/Amazon Sat
Wallace Abreu portalamazonia
MANAUS – Programas de inclusão digital prometem atender mais de 2,4 mil pessoas no Amazonas. Disponível nas praças e centros de convenções, o acesso gratuito à internet ameniza o problema de expansão do serviço, mas esconde outro: a falta de segurança.
Em Manaus, praças como o Largo de São Sebastião, Heliodoro Balbi (Praça da Polícia), além de Parques como o Prosamim, Jeferson Péres, Mestre Chico, Alvorada, São Raimundo e Bittencourt já oferecem o serviço. Mas nos poucos espaços onde há internet, os usuários convivem com o medo de assaltos ao utulizarem equipamentos eletrônicos.
A universitária Flávia Cavalcante várias vezes precisou sair às pressas quando estava conectada à rede pelo notebook em uma das praças da capital amazonense. Apesar de nunca ter sido vítima, a estudante já presenciou roubos nos espaços públicos onde acessa internet. “É muito válida a disponibilização deste serviço. Isso mostra o crescimento e evolução da cidade. Porém, é necessário que alternativas de segurança sejam montadas nestas praças”, pontuou.
De acordo com Flávia, não há policiamento nas praças que ela frequenta. “O sistema de distribuição de internet wi-fi deu certo em outras capitais. O que falta para os amazonenses é maior atenção à segurança. Sempre que o fluxo de pessoas diminui, resolvo me retirar desses locais, previnindo os assaltos”, disse.
Diferente de Flávia, o vendedor Marcos Pinheiro sofreu assalto quando usava o serviço de internet gratuita no Parque dos Bilhares, zona Centro-sul de Manaus. Atento às informações em portais de notícias e redes sociais, Marcos não percebeu quando os assaltante se aproximaram dele. “Na ocasião, levaram meu celular (que eu ainda estava pagando). Depois dessa situação, nunca mais utilizei o serviço. É muito complicado você ter uma estrutura disponível e não poder utilizar por conta da má fé de algumas pessoas”, desabafou.
Questionada pela reportagem sobre o problema, a Prefeitura do Município alegou que a Guarda Metropolitana de Manaus não possui um esquema de segurança diferenciado nas praças onde há a disponibilização de internet wi-fi. Por meio da Secretaria Municipal de Comunicação (Semcom), a Prefeitura informou ainda que a guarda municipal atua de forma regular e igualitária em todos os espaços públicos em que está presente.
Inclusão
Apesar de Manaus seguir sem nenhum plano de segurança para os espaços onde há internet graguita, o Estado expande o Programa Amazonas Digital. Com o serviço, os usuários acessam à rede mundial de computadores por meio de equipamentos móveis pessoais, como celular, tablet, lap top e netbook.
O reponsável técnico pelo Programa, que é executado pela empresa Processamento de Dados do Amazonas S/A (Prodam), João Guilherme, explicou que ao localizar a rede wireless “Amazonas Digital”, o internauta deve realizar o cadastro inicial, fornecendo nome, CPF, login e senha.
Segundo Guilherme, ainda este mês, mais três Centros serão integrados à rede: Theonizia Lobo (Mutirão, Amazonino Mendes, zona Norte); Maria de Miranda Leão (Alvorada, zona Centro- Oeste); e no Centro da Família Pe. Pedro Vignola (Cidade Nova II, zona Norte).
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