21/05/2012
Cólera, febre tifóide, hepatites A e E, leptospirose, tétano e dengue são alguns dos problemas que tendem a piorar com a subida do nível dos rios.
Foto: Chico Batata/Agicom
Redação Jornalismo/portalamazonia
MANAUS – Infectologistas são unânimes em dizer: a época da cheia é um dos períodos mais propícios para surto de doenças como hepatites, leptospirose e dengue. Os problemas são causados pelas águas dos rios, muitas vezes contaminadas, que invadem residências. De acordo com o diretor clínico do Hospital de Medicina Tropical, Antônio Magela, há maneiras de evitar o contágio dessas doenças.
“Não temos uma medida absoluta que possa dar 100% de proteção à população, mas podemos orientar as pessoas a terem o mínimo contato com a água”, diz o especialista. Segundo ele, problemas como cólera, febre tifóide e as hepatites A e E são as chamadas doenças de veiculação hídrica, “em que os agentes infecciosos ou químicos chegam até as pessoas por meio dessa água”.
Casos de doenças diarréicas também são comuns devido ao contato com água contaminada. Segundo dados da FVS, o primeiro trimestre deste ano (em comparação com 2010), apresentou aumento de 10.601 nos casos de pessoas diagnosticados com problemas diarréicos. Sobre a Hepatite A, a elevação foi de 28 doentes.
Para prevenir esse tipo de doença, Magela destaca que os moradores de áreas alagadas não devem utilizar a água do rio para nenhum dos afazeres domésticos. “Nem para beber, nem para lavar utensílios ou tomar banho. A qualidade dessa água é totalmente inadequada para o uso. É preciso também estar atento às crianças, que costumam pular nessas águas para se divertir”, lembra.
Outro risco, de acordo com Magela, são os casos de tétano. Esses são resultado de ferimentos causados, muitas vezes, em áreas de entulho, onde a água acaba por esconder algumas “armadilhas”. “Por isso, é preciso sempre o uso de botas e luvas, que possam proteger o corpo. Também devemos fazer a destinação correta do lixo”, afirma.
Há ainda o risco de ataque de animais peçonhentos. Apenas nos quatro primeiros meses deste ano, o Amazonas registrou 109 casos de picadas de cobras, aranhas e escorpiões, contra 167 vítimas em todo o ano de 2011.
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