Rio Negro baixa 3cm e CPRM aponta fim da enchente em Manaus

06/06/2012

O fim do período de cheia contraria a previsão anterior dos pesquisadores, que estimavam que o rio alcançasse até 30,27cm.



Redação de Jornalismo portalamazonia


MANAUS – Oito dias após o rio Negro atingir o nível máximo já registrado na história do Amazonas, as águas apontam para o fim da enchente. Nesta quarta-feira (6), a medição no Porto de Manaus marcou 29,89 m, oito centímetros abaixo do recorde de 29,97m, registrado no dia 29 de maio. Para especialistas, este é o início do processo de vazante do rio.

De ontem para hoje, o rio baixou 3cm. A queda do nível das águas veio após quatro dias de estabilidade, seguidos de registros de descida mais leve, desde o último sábado (2). De acordo com o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), para Manaus, Manacapuru, Manaquiri, Anamã, Itacoatiara e Baixo Amazonas, as águas devem voltar ao nível normal, abaixo da cota de emergência, nos próximos 20 dias.

A previsão de fim da enchente é confirmada pelo superintendente do CPRM em Manaus, Marco Antônio Oliveira. “Pelo comportamento do rio e a previsão de normalidade no regime de chuvas, a possibilidade de um repiquete [quando o rio voltar a encher após secar] é remota”, afirmou.

Em entrevista ao portalamazonia.com, o secretário de Mineração, Geodiversidade e Recursos Hídricos (Semgrh), Daniel Nava, explicou que o rio Solimões represa o rio Negro, por isso a descida é devagar. A partir do momento em que o Solimões não age mais com tanta força, volta-se a normalidade.

O fim do período de cheia contraria a previsão anterior dos pesquisadores. Em um primeiro momento, os estudos apontaram que o rio Negro poderia atingir a marca de 30,13m. No último dia 30 de maio, no entanto, um novo alerta de cheia chegou a cogitar a possibilidade do rio subir ainda mais, alcançado os 30,27cm.

Apesar de indícios do fim da cheia em Manaus, na região do Alto Rio Negro, que compreende os municípios de Barcelos, Santa Izabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira, o rio ainda pode afetar mais famílias, pois o rio não atingiu o pico da cheia.

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