27/11/2012
Pelo menos 12 pessoas precisaram de atendimento médico. Ainda não há informações oficiais sobre as causas do incidente.
Pelo menos 12 pessoas precisaram de atendimento médico. Ainda não há informações oficiais sobre as causas do incidente.
Foto: Leonardo Fierro/portalamazonia
Redação Jornalismo portalamazonia
MANAUS – Mais de 50 casas destruídas, dezenas famílias desabrigadas e um cenário de destruição. Após mais de três horas de incêndio, o Corpo de Bombeiros conseguiu controlar o avanço do fogo que atingiu a comunidade Arthur Bernardes, em Manaus, na manhã desta terça-feira (27). No bairro São Jorge, onde tudo aconteceu, pelo menos 12 pessoas precisaram de atendimento médico. Ainda não há informações oficiais sobre as causas do incidente, mas moradores da área afirmam que o problema é resultado de um curto-circuito.
A estrutura das casas da comunidade foi o combustível para um incêndio de grandes proporções, como ocorrido. Ligações clandestinas, associadas à fiação exposta, iniciam as chamas. Na sequência, as casas, construídas em madeira, conduzem a proliferação do incêndio. O vento também contribuiu para a propagação do fogo, que começou por volta de 8h30 e só terminou após as 12h.
Ao todo, o Corpo de Bombeiros enviou para a área dez viaturas de combate à incêndio e mais seis de apoio. Além desses, haviam quatro caminhões-pipa, com capacidade de 5 . O número de veículos, no entanto, foi insuficiente para atender a necessidade da área. Caminhões da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Secretaria Municipal de Limpeza e Serviços Públicos (Semulsp) e de empresas privadas também foram cedidos para ajudar nos trabalhos.
Durante o processo, houve críticas para uma suposta falta de água para o combate às chamas. Segundo o Corpo de Bombeiros, o contratempo ocorreu apenas quando os caminhões-pipa esgotavam sua capacidade de abastecimento e precisavam deixar a área para reabastecer. Ao portalamazonia.com, a Assessoria da Corporação não soube responder quantas vezes essa medida precisou ser tomada, onde os carros eram reabastecidos ou quanto tempo esse processo demorava.
Para o major Borges, do Corpo de Bombeiros, a maior dificuldade foi levar as mangueiras para a área do incêndio. “Como o material condutor é madeira, precisamos molhar todas as áreas. O local é de difícil acesso, pois, além de estreito, fica em um terreno de barrancos. A viatura não pode entrar para executarmos o trabalho. Então tivemos que desenvolver mangueiras e tentar controlar as chamas. O clima também não está cooperando”, explicou.
Borges negou a informação de demora no atendimento. “Chegamos cedo, não houve qualquer tipo de demora. O nosso único problema, infelizmente, aconteceu devido a localização do foco de incêndio”, informou.
Situação dos moradores
Doze pessoas foram socorridas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), parte delas com sinais de intoxicação, por conta da fumaça. O coordenador-geral do Samu, Rui Abrahim, afirmou que entre os casos estão o de uma senhora com crise cardíaca e de uma jovem que teve crise convulsiva do sistema nervoso. Ao todo, o órgão enviou para o local cinco viaturas, com três médicos, dois enfermeiros e cinco técnicos. “As pessoas foram atendidas imediatamente”, garantiu. Não há casos de feridos.
Informações iniciais dão conta que cerca de 3 mil pessoas moravam na comunidade atingida. Segundo informações do coronel da Defesa Civil, Ari Renato, os desabrigados serão encaminhados Ginásio Ninimberg Guerra, localizado também no bairro São Jorge.
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