25/08/2013
Durante a Operação Mothokari 3, mais duas pistas que davam suporte a garimpeiros foram explodidas em Roraima
Durante a Operação Mothokari 3, mais duas pistas que davam suporte a garimpeiros foram explodidas em Roraima
Foto: Divulgação/FAB/Arquivo
portalamazonia
BOA VISTA - A Fundação Nacional do Índio (Funai) intensificou os trabalhos de inteligência para identificar os pontos de exploração no interior da Terra Indígena Yanomami (TIY), em Roraima. Rica em reservas de ouro, a região é visada por garimpeiros desde os anos 80. Para dificultar ao máximo a logística dos invasores, Funai e Exército aumentaram os esforços para destruição de pistas clandestinas de pouso na área.
De acordo com o coordenador da Frente de Proteção Etnoambiental Yanomami e Ye'kuana (FPEYY), a Funai executa diversas operações para coibir os ilícitos dentro da terra indígena. "Já avançamos bastante. Conseguimos reduzir à metade o número de pistas de pouso ilegais", afirma Catalano.
Uma das últimas pistas irregulares destruídas está na região do Uraricoera. Usada para dar suporte às atividades de garimpo ilegal, a Pista do Espadim, como é conhecida, não era homologada e estava em operação de forma irregular desde 2003. Para a destruição foram utilizados 72 kg de explosivos e mais de 20 servidores estiveram envolvidos na atividade. Ainda foram destruídas duas balsas e os insumos logísticos encontrados.
A ação ocorreu durante a Operação Mothokari 3, realizada de 30 de julho a 8 de agosto de 2013, abrangendo as regiões do Apiaú, Uraricoera e Torita. Equipes da Funai e de militares do Exército também atuaram nas regiões do Torita e do Apiaú.
No Apiaú, os servidores se deslocaram em helicópteros do 4º Batalhão de Aviação do Exército (4º BavEx) e destruíram quatro motores e três acampamentos de garimpeiros. Um invasor foi detido. Já na região do Torita, houve a explosão de uma pista de pouso clandestina utilizada para fomentar o garimpo na região de Alto Alegre e dois invasores foram detidos.
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