Rio Negro

27/07/2017
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Fonte: Wikipédia

O rio Negro é o maior afluente da margem esquerda do rio Amazonas, na Amazônia, na América do Sul. É o mais extenso rio de água negra do mundo, e o segundo maior em volume de água — atrás somente do Amazonas, o qual ajuda a formar. Tem sua origem entre as bacias do rio Orinoco e Amazônica. Conecta-se com o Orinoco através do canal de Casiquiare. Na Colômbia, onde tem a sua nascente, é chamado de rio Guainia. Seus principais afluentes são o rio Branco e o rio Vaupés. Disputa ser o começo do rio Orinoco junto com o rio Guaviare. Drena a região leste dos Andes na Colômbia. Após passar por Manaus, une-se ao rio Solimões e, a partir dessa união, este último passa a chamar-se rio Amazonas.

Todo ano, com o degelo nos Andes e a estação das chuvas na região Amazônica, o nível do rio sobe vários metros, alcançando sua máxima entre os meses de junho e julho. O pico coincide com o "verão amazônico". O nível do rio abaixa até meados de novembro, quando novamente inicia o ciclo da cheia. Em Manaus, a máxima do Rio Negro vem sendo registrado há mais de cem anos, e há um quadro no Porto de Manaus[1] com todos os registros históricos, inclusive o da maior cheia de todos os tempos, ocorrida em 2012, alcançando, até 21 de maio (antes do início da vazante), a cota de 29,87 metros acima do nível do mar. Todos os rios da Bacia Amazônica sofrem o mesmo fenômeno de subidas e baixas em seus níveis, comandados pelos dois maiores rios: o Rio Negro e o Rio Solimões (que, ao se encontrarem, abaixo da cidade de Manaus, formam o Rio Amazonas).

História

Povos nativos e colonização

O rio Negro era chamado pelos indígenas de rio Quiary, Guriguacurú ou Ueneyá.[2][3]

Descoberto em 1541, pelo espanhol Francisco Orellana, o rio Negro foi utilizado pelos espanhóis como acesso de suas colônias ao Oceano Atlântico. A partir do fim do século 16, expedições da Holanda e da Inglaterra chegaram ao Norte do Brasil e colonizaram territórios ribeirinhos. Ciente das atividades dos dois países na região, a Coroa Portuguesa enviou tropas à Amazônia e expulsou os outros colonizadores, em meados do século seguinte.
Posse portuguesa e capitania

Após tomar posse das terras, os lusitanos realizaram campanhas para o reconhecimento da área. Durante as viagens, os navegantes enfrentaram a resistência de tribos indígenas, que defendiam o território com afinco.

No século 18, com a presença dos jesuítas, que catequizaram os índios e ampliaram a agricultura no local, a dominação da região por Portugal foi facilitada. Em 1755, o controle foi consolidado com a criação da Capitania de São José do Rio Negro.[4]
Geografia
O rio Negro visto de Manaus.

O rio Negro começa no Peru e ao entrar no Brasil, no município de Tabatinga, recebe o nome de Solimões. Tem como afluentes da margem direita os rios Javari, Jutaí, Juruá e Purus na margem esquerda os rios Içá e Japurá e percorre as cidades de São Paulo de Olivença, Amaturá, Santo Antônio do Içá, Tonantins, Jutaí, Fonte Boa, Tefé, Coari, Codajás, Anamã, Anori, Manacapuru, totalizando aproximadamente 1.700 km até chegar a Manaus, onde ao encontrar o Rio Negro, recebe o nome de Rio Amazonas. Detém vital importância para a Região Norte, pois é fonte de alimento, transporte, comércio, pesquisas científicas e lazer.

O rio Negro é navegável por 720 quilômetros acima de sua foz e pode chegar a ter um mínimo de 1 metro de profundidade em tempo de seca, com muitos bancos de areia e outras dificuldades menores. Na estação das chuvas, transborda, inundando as regiões ribeirinhas em distâncias que vão de 32 km até 640 km.

Os principais afluentes pela margem esquerda são :


Os principais afluentes pela margem direita são:

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