07/07/2012
No ano de 2012 o índice já acumula aumento de 1,41%. E, nos últimos, doze meses o acumulado bateu 5,29%.
Foto: Juçara Menezes/Portal Amazônia
Juçara Menezes portalamazonia
MANAUS – O custo médio do metro quadrado da construção no Amazonas, em junho, alcançou R$ 859,55 mantendo um elevado valor, que coloca o Estado com o sétimo maior preço no ranking nacional. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) assinalam aumento mensal de 0,43% (junho ante maio deste ano).
O resultado deixa o Amazonas com a nona maior variação entre os Estados. No ano de 2012 o índice já acumula aumento de 1,41%. E, nos últimos, doze meses o acumulado bateu 5,29%.
Para o presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Amazonas (Sinduscon-AM), Eduardo Lopes, as variações estão dentro do previsto. “O crescimento não é uma novidade, nem está abaixo do que prospectávamos. Estamos em uma inflação muito baixa, por isso há pequenas variações”, explicou.
A sequência de alta deve-se a a especulação imobiliária. No bairro Ponta Negra, por exemplo, o valor do metro quadrado custa hoje entre R$ 5 e R$ 6 mil. O local tem sido privilegiado por investimentos comerciais e em infraestrutura como construção de um shopping, revitalização da estrutura da praia da Ponta Negra e concentração de novos empreendimentos imobiliários.
Produtos variam de preço
Apesar de ameaças de paralisação de operários da construção civil na capital,os trabalhadores não conquistaram aumento no mês passado. Os salários não são apontados como causadores da ascendência dos preços dos insumos da construção civil.
Ainda conforme os dados do IBGE, as maiores quedas nos preços dos materiais de construção foram: lona plástica (6.9%), fechadura (4,8%) e vidro liso (3,8%). Por outro lado, as maiores altas no mês ficaram com: escavação mecânica (24,8%), areia (10%), concreto usinado (9,8%) e eletroduto de ferro (9,5%).
Mercado em ascendência
O diretor da área imobiliária do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Amazonas (Sinduscon-AM), Newton Veras, acredita no incremento do setor em todo o País. “No Brasil, o segmento representa apenas 4,1% do Produto Interno Bruto (soma das riquezas geradas pelo conjunto dos mais diversos setores no país). “Trata-se de um índice muito bom, porque temos oportunidade de crescer. A abertura maior do crédito em 2008, perante a crise, e a retomada de 2009, nos proporciona continuar a elevação”, explicou.
Eventos como a Construnorte 2012 e o Feirão da Casa Própria, realizado pela Caixa Econômica Federal em parceria com o Sindicato, ajudaram a aquecer o mercado local.
A Feira da Construção Civil do Norte (Construnorte) 2012 apresentou diversas novidades do setor.Com o tema “Sustentabilidade na Obra”, a 14a. edição teve como um dos destaques os projetos de casas sustentáveis. “Entre eles, luminárias que utilizam energia solar, tijolos recicláveis, uso de gás para geração de energia e outros”, explicou Ricardo Galúcio, gerente comercial do Studio 5, onde aconteceu o evento.
O Feirão da Caixa deste ano, qua aconteceu no Pavilhão do Studio 5, fechou R$ 365 milhões em negócios. O evento imobiliário levou para negociação 5.200 imóveis, em Manaus e em Iranduba. Mais de 4,2 mil famílias realizaram o sonho da casa própria durante o evento. Para o superintendente regional da Caixa, Paulo Henrique Angelo Souza, o resultado superou as expectativas, batendo recorde no volume de negócios realizados. O incremento às operações comerciais da CEF superaram o valor contratado em 2011, quando foi atingida a marca de R$ 300 milhões.
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