Peixes da Amazônia

Poraquê



Nome comum: Poraquê
Nome científico: Electrophoridae eletrictus
Classe: Actinopterygii
Ordem: Gymnotiformes
Família: Gymnotidae

O poraquê é o nome do peixe elétrico que vive na região amazônica. O Electrophoridae, nome científico dado ao peixe, possui músculos modificados, dispostos no sentido longitudinal do corpo, que produzem e armazenam energia elétrica. Essa potencialidade representa um mecanismo importante de ataque e defesa.

Ele pode atingir até dois metros de comprimento e passar a maior parte do tempo no fundo do tanque, só indo a superfície para respirar. Possui órgãos elétricos separados de baixa voltagem, que emitem pulsos numa baixa frequência, irregularmente, para eletrolocalização e eletrocomunicação. O poraquê percebe a aproximação das pressas, através do campo elétrico que se forma em volta do seu corpo, aumentando sua voltagem para capturar suas vítimas.

Um poraquê de 90 cm pode produzir uma descarga de, aproximadamente, 350 volts. Quando ele está em perigo essa voltagem pode subir para 600 volts. Utilizando os recursos que possui, o poraquê não precisa tocar ou morder a vítima para paralisá-la, ele apenas emite a descarga elétrica a distância. Os peixes que não conseguem pular da água, ficam desnorteados e são devorados.

Sua descarga elétrica é tão forte, que pode até matar um ser humano. Mesmo a um metro de distância, é possível levar um choque dentro d'água. De todos os peixes brasileiros, o poraquê é o único que usa esta arma na busca pela sobrevivência.

Surubim

Nome Comum: Cachara, Surubim, Pintado ou Caparari
Nome Científico: Pseudoplaystoma fasciatum 
Família: Pimelodidae

O Cachara, Surubim, Pintado ou Caparari (Pseudoplaystoma fasciatum) é encontrado em Bacias Amazônicas, Araguaia-Tocantins, do Prata (incluindo Pantanal) e São Francisco. Estas espécies vievm em vários tipos de hábitats, como matas inundadas, lagos, canal dos rios, praias e ilhas de plantas (matupás). São espécies piscívoras e realizam migrações de desova rio acima durante a seca ou início das chuvas.

Caracterizado por ter o corpo de coloração cinza escuro, muito alongado e roliço, tem a cabeça grande achatada, a boca com maxilar superior a mandíbula, que mesmo quando fechada deixa aparecer uma placa com diminutos dentes. Apresenta uma faixa clara em toda a extensão do corpo, da nadadeira peitoral á cauda, cobertos por pequenas manchas escuras.

De porte grande, mede de 2 a 3 metros de comprimento, é abundante não só nos rios da Amazônia como em vários outros territórios brasileiros. Peixe nobre de carne delicada, carecendo de espinhas numerosas. Preparado como caldeirada, moqueca ou simplesmente frito é muito apreciado.

Tambaqui

Nome comum: Tambaqui 
Nome científico: Colossoma macropomum
Classe: Actynopterygii
Ordem: Characiformes
Família Characidae

O Tambaqui é encontrado na Bacia Amazônica. Espécie migratória, realiza migrações reprodutivas, tróficas e de dispersão. Durante a época de cheia entra na mata inundada, onde se alimenta de frutos e sementes. Durante a seca, os indivíduos jovens ficam nos lagos de várzea onde se alimentam de zooplâncto e os adultos migram para os rios de águas barrentas para desovar.Nessa época, não se alimentam, vivendo da gordura que acumulam durante a cheia.

Possui corpo romboidal, ou seja tem a forma de losango e possui músculo laro e fino na região dorsal. Tem a nadadeira adiposa curta com raios na extremidade, dentes molariformes e rastros branquiais longos e numerosos.

A coloração geralmente é parda na metade superior e preta na inferior do corpo, ma pode variar para mais clara ou ais escura dependendo da cor da água. Os alevinos são cinza claro com manchas escuras espalhadas na metade inferior do corpo. 

O peixe alcança cerca de 90cm de comprimento. Antigamente eram capturados exemplares com até 45kg. Hoje, por causa da sobrepesca, praticamente não existem indivíduos desse porte.

O tambaqui é considerado um dos peixes mais saborosos da Amazônia por sua carne tenra e macia. Apreciado na culinária local, não pode deixar de ser experimentado por turistas que visitam a cidades da Amazônia. É uma das espécies comerciais mais importantes da Amazônia central

Traíra

Nome comum: Traíra
Nome científico: Hoplias malabaricus
Classe: Actinopterygii
Ordem: Characiformes
Família: Erythrynidae

A Traíra (Hoplias malabaricus) é encontrada em Bacias Amazônicas, Araguaia-Tocantins, São Francisco, do Prata, Sul-Sudeste e Nordeste.

Predador voraz, solitário, que pode ser encontrado em águas paradas, lagos, lagoas, brejos, matas inundadas, e em córregos e igarapés, geralmente entre as plantas aquáticas, onde fica a espreita de presas como peixes, sapos e insetos.

É mais ativo durante a noite. Apesar do excesso de espinhas, em algumas regiões é bastante apreciado como alimento.

Trairão

Nome comum: Trairão
Nome científico: Hoplias lacerdae
Ordem: Characiformes
Família: Erythrynidae

O Trairão (Hoplias lacerdae) é encontrado em Bacias Amazônicas, Araguaia-Tocantins (regiões periféricas das bacias) e do Prata (alto Paraguai). O peixe pode atingir 1m de comprimento e pesar 20 quilos. Peixe de escamas, corpo cilíndrico, de boca e olhos grandes, tem dentes caninos bastante afiados.

A cor é quase negra no dorso, flancos acinzentados, com manchas sem padrão definido e o ventre esbranquiçado.Espécie piscívora, muito voraz.

Vive na margem dos rios e de lagos/lagoas em áreas rasas com vegetação e galhos.

Tucunaré

O Tucunaré é um dos mais apreciados peixes da fauna ictiológica da Amazônia. A carne branca e um tanto seca é realçada pela gordura em algumas partes do corpo, o que acaba por torná-la tenra e de sabor inigualável, tanto ao forno, frita ou na caldeirada. Pode-se comê-la também no tucupi, cozida com jambu. De qualquer forma é um verdadeiro requinte da culinária região.

O peixe tucunaré, o Cichla monoculus, é um predador por excelência. o tucunaré é o pixe considerado símbolo da pesca esportiva no Brasil, possui tamanha voracidade que é capaz de atacar anzóis mesmo sem isca. 

Os índios já pescavam o tucunaré com iscas artificiais antes mesmo da modalidade ser praticada pelos pescadores esportivos. 

Vários tipos de Tucunaré freqüentam os rios da Amazônia, os mais conhecidos são chamados de Açu, Paca, Pitanga, e Borboleta. Todos têm como características em comum a pele amarelada e um circulo no rabo semelhante a um olho. Atingem cerca de 1,20 mts de comprimento e até 15 a 16Kg. 

Seguramente, o Tucunaré proporciona uma das mais emocionantes brigas na pesca esportiva e devido a isso, o Brasil tem sido considerado roteiro da pesca esportiva por pescadores do mundo inteiro que procuram os rios da Amazônia e Pantanal para praticarem a atividade.

Durante a época da seca, o tucunaré habita principalmente as lagoas marginais, partindo para a mata inundada (igapó) durante as cheias. 

Nas lagoas, durante o início da manhã e final do dia, quando a água já está mais fria, os tucunarés costumam se alimentar próximo às margens. Quando a água esquenta, passam para o centro das lagoas; na ausência de lagos, o Tucunaré abriga-se em remansos, pois não são apreciadores de águas de forte correnteza . 

Distribuição geográfica: 

Bacias amazônicas, Araguaia - Tocantins, mas já foram introduzidas em algumas áreas do Pantanal, na região do baixo rio São Francisco e nos açudes do Nordeste. 

Descrição do Tucunaré: Peixes de escamas. Existem pelo menos 14 espécies de tucunarés na Amazônia, sendo cinco espécies descritas: Cichla ocellaris, C. temensis, C monoculus, C. orinocensis, C. intermedia. 

O tamanho ( exemplares adultos podem ter 30 cm ou mais de 1 m), o colorido ( pode ser amarelado, esverdeado, avermelhado, quase preto etc.) e a forma e número de manchas ( podem ser grandes, pretas e verticais; ou pintas brancas distribuidas regulamente pelo corpo e nadadeiras; etc) variam bastante de espécie para espécie. 

Todo os tucunarés apresentam uma mancha redonda (ocelo) no pedúculo caudal

Fonte: portalamazonia


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